Muitas empresas ainda não entendem a necessidade
de um planejamento e, por isso, acabam fechando suas portas. Segundo dados do
Sebrae, cerca de 31% delas fecha as portas no primeiro ano de funcionamento,
chegando a 60% até o quinto ano.
A grande questão é descobrir por que o
empreendimento não alcança crescimento, buscando ferramentas para reverter o
quadro e definindo novas estratégias. O planejamento não garante o sucesso, mas
serve, principalmente, para minimizar os erros e otimizar as potencialidades e
oportunidades.
Para quem não sabe aonde vai chegar, qualquer
caminho serve, sendo isso um mau sinal. O "plano de negócios" é uma
das ferramentas mais importantes para o empresário, devendo ser escrito a
lápis, pois deve ser ajustado freqüentemente. Além disso, o dono do próprio
negócio, muitas vezes, precisa recorrer a uma consultoria para ajudar a
encontrar os erros, o motivo da falta de crescimento ou da crise da companhia.
A crise e a falta de dinheiro são responsáveis
por 56% do fim das empresas, seguido pelo fluxo de caixa e pela falta de
clientes em 35% dos casos.
A concorrência responde por 31%, e o acesso ao
crédito, 15%. Na maior parte dos casos, o fechamento poderia ser evitado - ou o
prejuízo minimizado - se houvesse planejamento.
É fundamental entender a organização, ou seja,
conhecer seus pontos fortes e fracos. Quem investe pretende ter o retorno deste
investimento, normalmente, a curto ou a médio prazo, além da compensação a
médio e a longo prazo. A compensação é o resultado do investimento e do
trabalho e deve vir na forma como que foi planejada: dinheiro, tempo livre,
poder, status, patrimônio, etc.
Entenda claramente se você quer sobreviver ou
sobrar e viver...
A motivação também é um fator essencial, pois
leva a pessoa a seguir seu caminho sem cair em ciladas, que podem vir
disfarçadas de oportunidades ou de ameaças que podem gerar uma reação. Quando a
motivação está alinhada ao caminho escolhido, o sucesso é muito mais provável -
mas isso não significa uma garantia.
Ainda no âmbito humano, verifica-se que as
grandes empresas, além de terem mais recursos, têm como propósito extrair o
máximo de seus profissionais. Por saber que gente é o que faz a diferença, elas
buscam fazer com que seus profissionais se sobreponham aos processos. Conceitos
como "perfil comportamental", "pipeline" ou
"PDCA", normalmente, só são utilizados em empresas que estão
realmente em busca de resultados superiores.
Enfim, o ideal é que a empresa esteja baseada
nos três pilares de sustentação: caixa, lucro e perpetuação, fator essencial
para que o plano de negócios seja elaborado com consistência, implementado com
comprometimento, tenha seus resultados verificados e seja ajustado
freqüentemente.
* Jayme Nigri é sócio-diretor da New Marketing
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